Rua João Brícola, no. 24, Centro.
No último aniversário da cidade inaugurou o Farol Santander. Eu ainda não havia ido. Fica bem no centro e nem sempre é fácil nos deslocarmos para lá. Mas eu tinha um almoço planejado com a minha sócia e parceira Cro Barbieri e como sempre, em nossos encontros, misturamos assuntos do 5511SP com os prazeres da cidade, assim, marcamos lá.
Morei no Centro por mais de 15 anos, desde solteiro até o meu filho Samuel nascer. Na Avenida São Luis. Já havia visitado o antigo prédio icônico Altino Arantes, bem como diversos outros prédios na região, como o Martinelli, o prédio da Secretaria da Fazenda, o prédio do Banco de São Paulo e, trabalhei (quando advogado) por quase 10 anos no 30o. andar do Ed. Conde Prates, que fica na esquina da Libero Badaró, com o Viaduto do Chá. Então, já estava acostumado com a vista impressionante e caótica da cidade. Alem disso, este passeio foi deliciosamente nostálgico, pois lembrei com muito carinho das minhas andanças pelo Centro e da minha época de estagiário e advogado.
A surpresa veio do que eu encontrei no Farol Santander: o restauro do prédio, a forma carinhosa dos atendentes, a forma de como a instituição conseguiu compartilhar a História do antigo Banespa (que nem sempre é interessante) misturado a uma programação cultural de primeiro nível.
Fomos com o objetivo de ver a instalação dos artistas plásticos Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti, com conceito dos StoryMakers e direção artística do agitador e empreendedor Facundo Guerra. É impressionante como a arquitetura e o skyline da cidade foram usados para nos levar a uma viagem sensorial muito louca e linda! Faz parte também, em outro andar, a instalação acústica/visual do artista inglês Haroon Mirza. Outra viagem com outros sentidos, mas provocando as mesmas reflexões sobre os nossos VAZIOS POVOADOS.
As surpresas não pararam por aí. O Santader encomendou para o seu acervo 7 obras do artista plástico Vik Muniz. Ao melhor estilo do artista, esta obras foram feitas a partir de quatro toneladas de material reciclado do próprio edifício, como pregos, tijolos, arames, pedaços de concreto, capacetes e todo o tipo de material para compor reproduções fascinantes da vista do alto do prédio.
E lá no alto do Centro da cidade, ainda tiveram a manha de fazer uma pista de skate assinada pelo campeão brasileiro Bob Burnquist, com aulas regulares e aluguel de equipamentos para qualquer moleque se divertir. Vou levar meu filho lá! É uma das melhores pistas que já vi.
Ah, e se você quiser passar uma noite no topo da cidade, você pode alugar o loft do 25o. andar, assinado pelos arquitetos da Triptyque,com 400 metros quadrados e decoração impecavel.
Vai lá! É diversão garantida!
Fotos: Zé Mangini