Sempre gostei de ir a shows. É a minha diversão predileta. Tive a oportunidade por causa do meu trabalho na MTV de assistir a bandas incríveis. Uns dos shows que mais me marcou foi o do Weezer, no Curitiba Rock Festival.
O show rolou no dia 24 de setembro de 2005, um Sábado. E na ocasião, eu trabalhava em São Paulo todo o final de semana também. Falei com meu chefe e disse: “não vou trabalhar no sábado. Pego o vôo pela manhã e volto domingo direto para o trabalho.”. E lá fui eu com uns amigos queridos, sem lugar para ficar, meio perdida, mas empenhada em assistir a mais este show.
Tinha combinado de encontrar uma amiga assim que chegasse no aeroporto, mas ela sumiu e, segui com um casal com quem não tinha muita intimidade. Eles foram incríveis, me apresentaram aos seus amigos locais e não desgrudaram de mim um só minuto.
Chegou a hora tão esperada. Não deu outra, vi até aquela minha amiga sumida perdida no meio da pista, além de outros rostos conhecidos. A banda abriu o show com “My Name Is Jonas”, as pessoas começaram a pular e cantar freneticamente. Sem entender muito bem o que estava acontecendo comecei a pular e cantar também, não tanto pelo medo de ser esmagada, mas pela energia que era contagiante. Quando o vocalista Rivers Cuomo sumiu do palco e apareceu no camarote bem acima da minha cabeça tocando “Island In The Sun”, quase tive um infarto! O show foi sensacional, não sei quem se divertiu mais: a platéia ou a banda! Uma experiência única que ficou gravada na minha memória.
Voltei para o hotel no centro da cidade, o único lugar que tinha ainda um quarto sobrando. O lugar era bem assustador, a porta do quarto tinha um vitral quebrado que estava coberto por um jornal o que fez com que eu mal conseguisse dormir.No dia seguinte bem cedinho, voltei para São Paulo fiz meu trabalho, exausta e feliz. Vi o quanto tinha valido à pena e tive a certeza de ter feito a coisa certa!
Weezer nunca mais veio ao Brasil. Quem sabe eles voltem. Ah, mas aí o esquema terá que ser bem diferente, pois apesar de ter ainda a mesma paixão por shows, não tenho a mesma disposição de 10 anos atrás.
por Ana Barbieri