Venho de uma família de músicos. Meu pai além de hematologista era compositor. Minha mãe, educadora e cantora lírica. Meu irmão flautista e maestro e minha irmã psicóloga, conheceu seu marido no coral da faculdade. Tive total liberdade para escolher minha carreira, mas assim como meu pai, pensava que arte não podia ser profissão. Arte tinha a ver com liberdade, expressão, distração, não tinha dia, nem hora, pouco menos poderia existir sob pressão.
Chegada a fatídica hora de prestar vestibular, decidi, que jornalismo minha primeira escolha, não seria uma boa opção, já que dificilmente conseguiria publicar o que tinha vontade de escrever. Me formei publicitária, trabalhei em agências, produtoras, marketing e com música e assim consegui ter contato com arte na minha profissão. É claro que também me distraía, desenhando, pintando e escrevendo nas horas livres. Outra paixão, a fotografia, que foi interrompida quando eu era criança pois, meus irmãos, não me deixavam encostar na máquina fotográfica da família me dizendo que eu poderia quebrá-la, também foi retomada nos últimos tempos.
Os anos se passaram e cansada do universo da publicidade, encontrei a antropologia! Nossa que delícia ir a campo. Fazer etnografia, pesquisas, conversar e entrevistar pessoas, ouvir suas Histórias e registrá-las.
E nessa minha estrada percorrida, após tantos caminhos, desvios, obstáculos e atalhos, nasce o 5511sp e finalmente posso dizer que minha profissão encontrou minhas paixões.
No 5511sp vou poder escrever o que eu quiser, contar as minhas Histórias, ouvir e contar as Histórias de outras pessoas, fotografar e até quem sabe pintar! Me distrair, sem dia nem hora, com total liberdade e sem pressão. Hoje, no fundo, eu sou o que eu gostaria de ser quando crescesse. Essa é a minha História.
E você qual é sua História? Conta pra gente. Conta para todo mundo.
Bjks, Ana Barbieri
por Ana Barbieri