Morávamos no Rio, mas nada era tão bom quanto chegar na casa de meus avós em São Paulo. Mal o táxi parava, eu descia correndo e apertava a campainha como se não houvesse mais nada a fazer no mundo. Logo apareceria a linda figura da Lazinha, a cozinheira de toda uma vida, vinha no seu passo, de sorriso e coração abertos para nos receber! Nosso coração disparava, queríamos pular o portão e invadir a casa da nossa infância.
Portas abertas. Abraços apertados na Lazinha e em seguida aparecia minha avó na varanda da casa. Eu e meu irmão corríamos feitos loucos para chegar antes, para abraçar e beijar antes e acabávamos chegando, abraçando e beijando juntos, enquanto ela abria seu melhor sorriso e nos recebia com um amor que transbordava em lágrimas, muitas vezes.
Mais tarde chegaria nosso avô. Viria sorrindo também e ganharia todo nosso imenso carinho infantil. O delicioso cheiro de charuto entranhado nos seus ternos mais bacanas, nos fazia ainda mais felizes. Ainda hoje o cheiro de qualquer charuto me leva quase 50 anos de volta no tempo que não volta mais.
O primeiro dia acabava em um delicioso jantar. Um nhoque feito à mão, pedacinho por pedacinho, com um molho de tomates frescos, um pudim de leite e frutas, sempre muitas frutas que meu avô fazia questão de descascar sem pressa e nos oferecer como se fossem tesouros. Eram. Eu não sabia.
Cansados da viagem, das emoções e loucos pelo dia seguinte em que começavam as visitas a todos da família, íamos para a cama. Os beijos carinhosos da avó nos transformavam em pessoas melhores, cientes de que não há vida sem amor. Ela ainda ficaria no quarto por uns minutos, contando histórias, acariciando seus pequenos netos enquanto o sono não chegasse.
Ao longe o som longo de um apito garantia a nossa segurança. Era o vigia que tocaria o mesmo apito inúmeras vezes durante a noite. E o sono chegaria junto com nossos sonhos.
Imagino que seja filho de Carlinhos.
Você sabe onde poderia encontrar o vídeo da entrevista que Tia Beatriz deu a Jô Soares?
Já revirei o Google.
Ah, sou filha de Leôncio de Rezende Filho.
Obrigada,
Viviana Rezende.
Oi Viviana,
Sou sim filho do Carlos.
Infelizmente não sei como ajudar nessa busca, mas vou perguntar para os meus tios e primos para saber se alguém tem uma cópia. Se conseguir, envio com prazer!
abs,
Eduardo
Oi Viviana,
Sou sim filho do Carlos.
Infelizmente não sei como ajudar nessa busca, mas vou perguntar para os meus tios e primos para saber se alguém tem uma cópia. Se conseguir, envio com prazer!
abs,
Eduardo