Eu queria fazer uma tatuagem no pescoço. Não tive muita preocupação para escolher o desenho, foi meio que na hora. Eu tenho várias tatuagens que foram assim. Pra mim é fácil fazer tatuagem, eu não fico divagando, achando um motivo. Significa que eu tinha dinheiro e tempo. Era isso, eu queria fazer uma tatuagem no pescoço, ponto! Aí, cheguei no estúdio e o tatuador falou que tal uma caveira mexicana? Talvez tenha sido a tatuagem que mais doeu. Doeu pra caralho! Eu nem consegui fazer de uma só vez. E também tinha essa coisa de ser no pescoço, uma coisa muito aparente, um pouquinho mais de ousadia, In your face. Eu gosto muito desta tatuagem, acho o cara muito talentoso. Tenho umas 35, por aí, nunca contei.
Quando eu tinha 10 anos de idade eu parei na porta da primeira Tattoo You, na Vila Madalena, e fiquei tipo, Uau! Eu quero fazer isso, por ironia do destino, fui trabalhar nesta loja anos depois. Foi aí que eu me envolvi bastante com o mundo da tatuagem. Sempre gostei. Eu fiz a minha primeira tatuagem com 12 anos. Um primo foi fazer uma tatuagem, me levou junto e depois que ele fez a dele, perguntou se eu queria fazer uma. Naquela época não tinha a preocupação de ser menor de idade, nem preocupação com esterilização, agulhas descartáveis… Era bem roots. Ontem quando fui fazer uma tatuagem na mão, levei meu filho de 13 anos. Nem consigo imaginar meu filho fazendo uma tatuagem. É inconcebível. Jamais deixaria. Jamais o incentivaria a fazer e ele, nem quer. Meus filhos me marcaram e me marcam a cada dia.
Teté
Fazemos esta seção do 5511SP, TATTOO, junto com o fotógrafo Beto Riginik Aqui contamos um pouco das Histórias das pessoas através das suas tatuagens. Cada Tattoo pode ou não ter um motivo, mas sempre tem uma História. Esta História é a do conhecido produtor de shows, Pedro Nicolas. Uma maneira de olhar e entender o Outro. Fizemos com o auxílio primoroso dos profissionais: Direção de Elenco: Daniela Spallanzani; Cabelo e maquiagem: Roberto Fernandes; Entrevistas: Ana Barbieri e Edição de Texto: Zé Mangini.