DESIGUALDADE NA CIDADE
Nesta semana foi lançado a última versão do Mapa da Desilgualdade da Cidade, uma compilação de dados feita pela Rede Nossa São Paulo http://www.nossasaopaulo.org.br e que escancara as enormes diferenças econômicas, sociais, culturais e de equipamentos públicos existentes entre os 96 distritos da nossa cidade.
Quando eu estudei Direito, o princípio da igualdade, previsto em nossa Constituição, norteou meus estudos pelo fato de que a sua premissa é a base de tudo e pressupõe que as pessoas colocadas em situações diferentes sejam tratadas de forma desigual, na exata medida de suas desigualdades. Ou seja, precisamos cuidar melhor daqueles menos favorecidos e colocados em situações desiguais.
Conforme o relatório da desigualdade publicado, muito há de ser feito em nossa cidade pelos desfavorecidos. E esta é uma função do Poder Público com a ajuda e envolvimento da população.
Alguns tópicos para vocês terem noção do quanto cruel são estes números:
Brás registra mais de 31 vezes o índice de homicídios da Mooca.
Jovem tem 17 vezes mais chances de morrer no Brás que na Vila Matilde.
Morador dos Jardins vive 23 anos a mais do que o do Jardim Ângela.
A média de salário de Marsilac é de R$1,2 mil. No Campo Belo, R$10 mil.
O percentual de adolescentes grávidas em Marsilac, no extremo sul da capital, é 26 vezes maior do que em Moema.
Só 11 bairros da capital não têm favelas.
O acervo de livros infanto-juvenis é igual a zero em 37 distritos da cidade.
Mais da metade dos bairros não tem cinema, museu, casa de cultura ou local para shows.
Imagem da internet.
